Nesta terça-feira, dia 05, aconteceu a primeira sessão representativa na Câmara de Vereadores de Santa Maria em 2021. Foi destacado na tribuna, a importância da representatividade política do legislativo, assim como seu protagonismo na cidade. Também foi lembrado a relevância da participação popular em Santa Maria.
Confira o discurso na integra:
"Bom dia senhor presidente, comprimento em primeiro lugar, os vereadores aqui presentes. Importante a fala do vereador Paulo Ricardo que falava da diversidade e eu estendo também esse cumprimento paras para aquelas candidatas mulheres e negras que embora tivessem feito uma votação extraordinária não estão aqui, pela regra eleitoral que temos.
E é sobre isso que eu gostaria de começar falando: Sobre representatividade! Falamos aqui que somos vencedores. Não! Santa Maria teve 204 mil eleitores. E se somarmos os votos de todos nós, os homens e mulheres que estão representados no Parlamento, somos apenas 34 mil votos. Isso representa apenas 16% da população.
Por isso, nós temos que ter a noção, de que nós, que estamos aqui, temos a responsabilidade de representar toda a cidade, embora toda cidade não esteja representada.
É nosso dever aumentar a Participação Popular, é nosso dever lutar pela valorização dos conselhos. Esse é o nosso dever!
Pensar que essa casa pode estar encastelada e vivendo da sua própria dinâmica é um equívoco que pode custar muito caro para o nosso município.
Mas antes de seguir, além de fazer essa saudação aos nossos colegas e dizer do privilégio que é estar aqui, eu quero fazer uma saudação especial para os servidores desta casa, que nesses poucos dias que estive aqui dentro, demonstrar um profissionalismo tremendo. E nós todos, uns mais velhos né vereador Maneco! Uns com mais mandatos, outro com menos, estamos aqui de forma provisória. Agora o que garante que essa casa tenha a solidez e continuidade é justamente a institucionalidade. O respeito não só as assessorias dos vereadores, mas a estrutura que essa casa merece representar.
É complicado explicar para a população e para os próprios familiares que quando tomamos posse no dia 01 de Janeiro, logo já entramos em recesso até a metade de Fevereiro. Mas o tempo de recesso não é tempo de férias, o tempo de recesso, serve para organizar o gabinetes, estruturar o trabalho, para quê com muita força ao longo desse ano de 2021, a câmara possa ser protagonista da política pública.
E por isso, eu gostaria de sugerir que essa Câmera passe a tratar de uma agenda Legislativa para cidade de forma protagonista.
Quando falamos do poder público municipal, não estamos falando do Poder Executivo. O poder Legislativo tem que ganhar o seu protagonismo e entre as responsabilidades exclusivas dos Municípios, há algumas que o município de Santa Maria e os poderes constituídos da cidade, tem deixado de enfrentar.
Nossa cidade Vereador Tôni, é uma cidade que não está crescendo, mas que está inchando. É necessário mãos firme da administração pública para regular as construções. Para regular vereador Paulo Ricardo, e incentivar que a nossa cidade cresça e que não inche nas nossas periferias.
Tratada de mobilidade! Nós estamos no mês de janeiro e já está em tratativa a questão do transporte coletivo. A necessidade de licitação! Presidente Vargas, e aqui eu digo, o Presidente Vargas que inaugura mais uma era Vargas, depois do Adelar Vargas e do Alexandre Vargas que foi presidente da nossa posse. Então Presidente Vargas, que já esteve na Secretaria de Mobilidade Urbana e sabe dos desafios que temos na nossa cidade. A necessidade de transformar de fato o Conselho Municipal de transporte em um conselho de mobilidade urbana, que tenha recursos para investir, afinal, mobilidade é responsabilidade exclusiva do município e se o município não fizer, não vai ter o Estado, não vai vir a união. É nossa responsabilidade! Nós não podemos jogar para o Executivo.
Então é por isso que eu imagino que esta Câmara possa ser protagonista. Lamentavelmente, muitas vezes se confundem, os conceitos de política e eleição professora. Eleição e política, muitas vezes, elas caminham juntos, mas na maioria das vezes, acaba não acontecendo isso. Com 340 candidatos, muitas vezes, na eleição, não se tratava de política. O que nós não podemos deixar acontecer, é que agora, durante o período que já não é eleitoral, deixamos ser tratadas as políticas públicas para nossa cidade."
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