Na manhã desta terça-feira, o vereador Ricardo Blattes esteve no Sindicato dos Municipários de Santa Maria, para entender o ponto de vista dos sindicalistas em relação à máquina pública. A reunião foi um diálogo aberto com o presidente Renato Costa e sua equipe, Sandra Copette e Vivian Serpa, nos quais já trouxeram demandas e apontaram problemas em relação à privatização de muitos setores.
Costa demonstrou-se muito preocupado com a precarização do serviço público. “O servidor é o alicerce do governo. Entra gestão e sai gestão e são eles que trabalham. A população fala mal do servidor, mas não sabe que muitas vezes, essa culpa é do gestor que não disponibilizou material para trabalhar ou que não organizou a escala direito. Assim precariza o serviço e deixa a população achar que é melhor privatizar”, relata o presidente. Ele ainda explicou que o servidor público tem a estabilidade de não ser um trabalhador temporário, justamente para não ser corrompido pelo sistema político de favores.
Na ocasião, o vereador questionou sobre o número de funcionários do município, a porcentagem de ativos e associados do sindicato. Desta forma, Costa relatou uma grande queda de funcionários, já que além da privatização, existe um número de trabalhadores que estão se aposentando e a pandemia impediu que houvesse novos concursos públicos para renovar o quadro de servidores, como médicos.
Aqui, os sindicalistas apontam um grande problema de organização para um plano de carreira e que o próprio Secretário de Saúde, Guilherme Ribas já havia apontado em uma reunião anterior. Hoje, os novos médicos de Santa Maria recebem um salário mais baixo que a média, sendo que eles recebem quase o dobro, caso sejam contratados via consórcio pela prefeitura. Então, muitos profissionais e não só da saúde estão pedindo a exoneração do cargo para trabalhar via consórcio. Desta forma, como eles não são contratados como servidores públicos do município, eles não pagam INSS, gerando um desequilíbrio orçamentário na máquina pública.
Blattes por sua vez deixou o mandato à disposição para um forte apoio em debates sobre esses entraves. “Por muito tempo as pessoas achavam que o poder legislativo era um poder menor do que o executivo, mas não é! O papel do mandato é articular junto a bancada, ações que beneficiem a população e os trabalhadores da nossa cidade. Por isso a gente precisa montar uma agenda de trabalho e cobrar um posicionamento da nossa gestão”, afirma o vereador.
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